30 de abril de 2010

Escola Superior de Guerra lança ex-aeromoça para o Senado

Ex-aeromoça gaucha é candidata da
Escola Superior de Guerra ao Senado
blog Toque Feminino

... Ana Prudente é empresária na área editorial, natural de Porto Alegre, tem 49 anos e mora em São Paulo desde 1976. Foi comissária de bordo na VASP durante 13 anos e é mãe de dois filhos.

Ela faz parte do Conselho de Relações Exteriores, assim como do Comércio Eletrônico na Federação do Comércio.

Trabalha como diretora social adjunta da ADESG/SP (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra), diretora de relações-públicas da SASDE (Sociedade Amigos da Segunda Divisão do Exército), e, por fim, é membro da Academia de Arte, Cultura e História, da Liga da Defesa Nacional.

... Ana Prudente quer ser Senadora por São Paulo e a idéia de entrar na política veio dos amigos que a pressionaram. Mesmo antes disso, ela já participava de questões políticas e ajudou candidatos amigos em suas eleições.

Seu espírito guerreiro precisava ser libertado e não adiantava mais lutar contra o destino. ... Veja na íntegra a entrevista e conheça melhor a candidata que quer ajudar a mudar a política nacional. ...

Toque Feminino: Muitos eleitores não sabem a função que os senadores exercem. A fim de esclarecer isso, você pode nos explicar qual é a função de um Senador? Qual será a sua contribuição caso se eleja Senadora?

... Ana Prudente: A principal função de um senador é a FISCALIZAÇÃO. Ao senador cabe fiscalizar Legislativo e Executivo e sua obrigação é denunciar pelos meios disponíveis toda e qualquer irregularidade detectada. Existe uma confusão muito grande hoje, a qual eu venho observando presencialmente por estar uma candidatura. Em quase total maioria, costumam perguntar a senadores sobre “quais os seus projetos”, o que difere longe da pergunta que deveria ser “o que o(a) senhor(a) pensa sobre...”.

Projetos são da alçada dos deputados, aos senadores cabe julgar se são viáveis ou não. Há anos venho brigando, como cidadã, por algumas mudanças. Não aceito que um país considerado de terceiro mundo, um país tão rico quanto o no sso, tenha este crescimento medíocre.

... Eu quero e vou interferir nas verbas destinadas tanto a deputados, senadores e até mesmo naquele cartão de crédito liberado para o Executivo. Tenho vergonha da falta de sensibilidade dos nossos legisladores.

Embora a Câmara esteja literalmente às moscas porque os representantes que elegemos precisam cuidar de suas próprias campanhas para uma reeleição, até agora nenhum se dignou a “devolver aos cofres públicos” o salário que pagamos para que estejam lá, trabalhando.

Também vou tratar do fim da imunidade parlamentar para que os eleitos deixem de usá-la como arma contra a própria sociedade que os elegeu. Eu levaria dias escrevendo sobre todas as áreas onde pretendo mudanças, mas sei que não posso fazê-lo aqui pela simples razão de espaço e tolerância.

... TF:Você já foi eleita a algum cargo?

... Ana: Nunca fui eleita nem nunca me candidatei. Sempre tive grandes “grilos” com essa conversa esquisita de “coligações”. Vejo lideranças de partidos dançando uma valsa que eu não consigo e nem quero dançar. E um dia pode chegar a ordem para apoiar aquele que você nunca se identificou.

E como é que eu explicaria isso aos meus eleitores? Não, eu não sirvo para isso, eu seria expulsa na primeira oportunidade como “a rebelde” porém ao meu ver, com causa. Analisei o PTC durante uns 6 anos pelo menos até o dia em que decidi me filiar.

Identifiquei neles uma personalidade parecida com a minha, além de freqüentarmos sempre os mesmos lugares, mesmos interesses etc... E estou bastante satisfeita pois embora esteja ligada hoje a várias pessoas que compõem um partido, a ordem é que eu seja EU, sempre EU em minhas posições, e que eu continue fazendo o que sempre fiz.

Possuo carta branca e apoio em tudo o que precisar caso me envolva em encrenca com algum político. Não tenho papas na língua e por isso, não estou livre de sofrer algum processo, mesmo que esteja dizendo a mais pura verdade. Quero a vaga para “também” acabar com estas tantas facilidades hoje disponíveis à classe.

... TF: O que a levou a entrar na política? Quando isso ocorreu? Além da política, qual é a sua profissão?

... Ana: Entrei na política oficialmente devido à pressão de amigos que convivem comigo há vários anos, percebi que não adiantaria resistir e brigar contra o destino. Eu sabia que um dia acabaria tendo que abrir mão da minha privacidade, que sempre preservei muito.

Em passado recente, trabalhei ativamente para eleger pessoas de minha confiança e gostava das “coxias” ou seja, para mim os holofotes não significam nada, sou desprovida dessa vaidade. Desisti de resistir e aceitei o convite, ao qual me senti altamente homenageada pela direção do PTC.

Filiei-me oficialmente no ano passado, depois de estar convencida que teríamos que literalmente, colocar gente nossa no Congresso e iniciar uma mudança radical na ética e compostura política.

... TF: Por que você acha que poucas mulheres são eleitas no Brasil? Há algo que pode ser feito para mudar esse quadro?

... Ana: Poucas mulheres são eleitas porque poucas mulheres se candidatam pelos motivos que expus em meu artigo “Mulher na Política”. Mulheres são muito mais leais aos valores que trazem de infância do que aos desvios de caráter, somos movidas pela mistura de muitos sentimentos fortes. Por vezes precisamos dominar a razão e por outras a emoção em grau avançado já que se assim não for, corremos o risco de ver desmoronar nossas famílias e o mundo que nos rodeia.

... TF: Em sua opinião, qual é o mais grave problema da estrutura sócio-econômica em nosso país? Quais são os seus projetos para mudar essa realidade?

... Ana: O Brasil chegou num ponto em que conseguiram engessar nossas instituições e também os setores produtivos. Vivemos uma falsa sensação de que tudo está bem e na verdade, está tudo péssimo. A carga tributária é destrutiva, ninguém mais está conseguindo sobreviver a tamanho assalto oficial. Médias e pequenas empresas estão falidas assim como indústria e comércio.

Nossos aposentados são jogados de um lado para o outro, como se fossem brinquedos, isso é um desrespeito com trabalhadores que passaram a vida inteira contribuindo com o fisco. Eu não consigo aceitar tudo isso calada, quero ir para Brasília e interferir para que esta realidade mude. Atualmente pagamos este abuso de impostos e não recebemos de volta aquilo que o governo tem obrigação de prover. É nosso direito, está na Constituição e tem de ser cumprido.

... TF: Você acredita que a criação de mais leis contribuirá para mudar a realidade brasileira? Por quê? Em caso positivo, quais leis deveriam ser criadas ou alteradas?

... Ana: Mais leis pra que? Já temos tantas que acabam se empilhando umas por cima das outras que servem apenas para confundir quem precisa delas! Nossas leis, até por serem em excesso, passaram a ser utilizadas conforme a necessidade do “freguês”. Nem mesmo os próprios advogados dão conta de se atualizar sobre tantas que são criadas todos os dias.

... TF: Você já tem algum projeto de lei pronto para ser apresentado no Senado? Em caso positivo, diga-nos a respeito.

... Ana: Não tenho Projetos de Lei, até porque não sou especialista em elaborá-las mas tenho muitas propostas para solucionar problemas estruturais.

Dentre elas posso citar minha grande preocupação com as invasões de terra, tais que são bastante concentradas no Pontal do Paranapanema aqui no estado. Infelizmente estão usando concentrações de sem-terra de forma política e levando-os à desobediência civil.

E como defendo o direito à propriedade, que é um direito constitucional, me preocupo também com as pessoas de bem que fazem parte do MST e que realmente querem e merecem um lugar ao sol. O estranho é que os assentamentos que dão certo não são divulgados e temos experiências muito positivas se formos ver como eles funcionam nas diversas regiões do país.

Eu proponho juntarmos tudo o que deu certo e montar um modelo único, onde o governo forneceria tudo o que fosse necessário e dali a três anos por exemplo, aquelas famílias, já estabelecidas e produzindo, passariam a devolver aos cofres públicos o que receberam no início.

Este modelo de “dar” uma gleba para cada família e deixá-los ali sem saber o que fazer não funciona, parece até que “os governos não querem que dê certo”. Penso que devamos juntar 50/100 famílias e fornecer apoio assim como: cimento, pregos, tijolos, tratores, agrônomos profissionais e até de quantas galinhas e vacas serão necessárias para abastecer estas pessoas com ovos e leite.

Tais localidades teriam uma creche (onde haveria rodízio de mães entre cuidar das crianças e se dedicar às plantações), uma escola, ambulatório médico, restaurante enfim, tudo isso com o máximo de aproveitamento de membros da própria comunidade. Cooperativas funcionam muito bem quando são administradas com honestidade.

... TF: Você se autodenomina seguidora de qual ideologia? Direita, Esquerda ou Centro?

... Ana: Eu acho muito esquisito quando me perguntam isso! Quem mistura governo com ideologia são aqueles que se autodenominam de “esquerda” e destes eu quero é distância.

Não concordo com essa confusão que eles tentam fazer na cabeça das pessoas para manipular as massas. Eu não sou massa e nunca serei, eu gosto muito de ser “um indivíduo” que cumpre com seus deveres e por isso, pode exigir seus direitos.

Penso que temos muita falta de Civismo, de Patriotismo verdadeiro e não só da boca pra fora ou para uso eleitoral. Eu tenho há anos, na frente da minha casa, presa a um mastro, a nossa Bandeira do Brasil porque eu gosto do meu país e não tenho vergonha de demonstrar isso.

... TF: Em sua opinião, o brasileiro é um “animal político”? Por quê?

... Ana: Animal é quem criou este termo! Considero que, quando vivemos numa sociedade, aprendemos desde criança a aplicar a política em nossas vidas, seja quando somos contra ou a favor do tudo que nos rodeia. Somos políticos quando defendemos uma idéia, quando precisamos conviver bem com colegas de trabalho, nas relações em geral e nem nos damos conta disso!

... TF: Foi noticiado que você entrou com pedido de impeachment do Lula. Conte-nos a respeito. Você acredita que conseguirá êxito? Por quê?

... Ana: Impetrei o pedido de impeachment contra Luis Inácio da Silva dia 23 de agosto último. Ao ter acesso ao livro de Ricardo Kotscho ("Do Golpe ao Planalto", Companhia das Letras, 2006) lançado no início do mesmo mês, observei que nele continha um depoimento importante deste que foi oficialmente, o Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República desde que Lula assumiu.

No livro o profissional narra detalhes da reunião que ocorreu entre Lula, Zé Dirceu, Zé Alencar e Valdemar Costa Neto para acertar os valores do que foi chamado de mensalão, vulgo “dinheiro de caixa 2 do PT”. E toda essa negociação teve Lula como efetivo participante, com direito a “pechinchas” pra abaixar o preço da propina.

Então imediatamente entrei em contato com meu advogado - Dr Luciano Blandy, que montou a peça em tempo recorde. Quanto ao seu êxito ou não, é importante que acreditemos que as leis “devem ser respeitadas”, se não agora, um dia.

Se eu não acreditasse na denúncia que fiz, então para que fazê-la? ... Sou otimista, não sou do tipo que me deixo derrotar antes de enfrentar o problema. Prefiro ter a certeza de que fiz tudo pela causa, pois só assim conseguirei continuar me olhando no espelho e gostando do que vejo, o meu reflexo.

Mas nem pensem que desisti depois que Aldo Rebelo se negou a cumprir o que reza a lei. Nesta semana estaremos em Brasília novamente denunciando-o no STF e tomando mais algumas providências. ... Disponibilizei todos os documentos referentes ao impeachment no meu site de candidata.

(www.anaprudente360.can.br).

... TF: O que mais você deseja falar às mulheres leitoras do Toque Feminino?

... Ana: Principalmente quando nos tornamos mães, passamos a experimentar novas sensações e, entre elas, a grande responsabilidade que é educar, cuidar da saúde, dar bons exemplos para que nossos filhos venham a ser bons adultos. Junto a esta responsabilidade, lhes damos amor, segurança, equilíbrio e direção. Ensinamos sobre os valores básicos para que vivam em uma sociedade saudável.

Pois bem, e que tal tratarmos nosso Brasil como se fosse um filho, este que hoje se encontra na UTI pela falta de tudo que citei acima? Posso afirmar que ele precisa de nós mais do que podemos imaginar, eis que se trata de uma criança com potenciais enormes mas que está carente e perdida em meio a tanta devassidão.

Seus estupradores não têm piedade, precisamos reagir! Convido-as a pensar com muito carinho neste assunto e que participem mais a fundo das decisões fundamentais para que assim, consigamos levar nossa criança a crescer com esperança num futuro próspero! Vamos lá, coragem! Vamos!

Hospedado por oxyhost
Inst. Karinha de Criança
entidade não governamental sem fins lucrativos...
www.ikc.org.br


Uma Ana Prudente
que presta



O Brasil possui uma riquíssima fauna. Das 708 espécies de répteis existentes no País, 365 são de serpentes. Na região amazônica, o gênero mais comum de serpentes é o Bothrops, do qual fazem parte as jararacas.

“A jararaca é uma das cobras mais conhecidas no Brasil e é responsável por 90% dos acidentes com humanos”, alerta Ana Prudente, pesquisadora, coordenadora de Zoologia do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e especialista em cobras.

Segundo ela, é cada vez mais comum encontrar cobras em ambientes urbanos. “As áreas verdes de Belém estão diminuindo. As jararacas se alimentam de pequenos roedores, por isso, procuram lugares onde tenha lixo e entulho”, explica a pesquisadora.

Por isso, ela orienta que as pessoas tenham cuidado e evitem andar em quintais e terrenos baldios com entulho e lixo doméstico. “As cobras não vão para esses lugares para atacar o homem e sim atrás de ratos. Mas, se ela se sentir ameaçada, ou for pisada, provavelmente ela irá atacar”, ressaltou Ana.

Outra cobra bastante conhecida na Amazônia e muito perigosa é a surucucu. “Essa é mais temida pelos ribeirinhos”, lembra a pesquisadora. O pavor tem uma explicação. A cobra surucucu é uma das maiores e por isso injeta uma quantidade muito grande de veneno quando morde alguém.

“O veneno dela ataca o sistema nervoso e se a pessoa demorar a receber atendimento, pode morrer asfixiada”. Por isso, a especialista em cobras aconselha que, ao ser picado por uma cobra, a pessoa procure imediatamente um médico. “Após ser picada por uma cobra, o ideal é que a pessoa fique imobilizada, evite andar e se mover. A cada movimento, o veneno se espalha pelo corpo”, explica Ana Prudente.

Saudade de João Cunha

Nostalgia:
Uma sessão do Congresso
na ditadura

(..) O Sr. João Cunha – Não sei bem, nobre lider da Arena, onde as considerações de V. Exa. se enquadram na denúncia sobre a divisão do mundo em duas posições antagônicas.

A continuar esse argumento do anticomunismo com sustentação de todas as posturas, arbítrios e prisões, tenho a impressão de que deveremos assumir os riscos do “planeta dos macacos” do futuro, ou o risco de guerra de confrontos.

Era menino ainda – e tenho 36 anos – e já ouvia falar que os comunistas queriam tomar o poder. Depois fiquei jovem e ginasiano e me contavam que os comunistas iam tomar conta do Brasil; ingressei na Universidade, em São Paulo, me diziam que os comunistas queriam dirigir os destinos do Brasil.

Em 1964 a minha geração inteira foi perseguida, alguns morreram fazendo guerrilhas, e aceitamos o esquema legal vigente – e me diziam que os comunistas vinham por aí. Chegamos a 1968 e tivemos uma crise política, por causa dos comunistas.

Em 1970 ocorreu outra crise política, porque havia o perigo de os comunistas tomarem o poder. Anunciavam esse fato pela televisão, querendo, inclusive, confundir o meu partido com os comunistas.

Tenho a impressão de que a continuarmos assim, teremos uma vítima Herzog a cada ano ou a cada década, ou teremos de aceitar os riscos de uma guerra termonuclear para nos livrarmos dos comunistas ou sermos livrados da condição de viventes.

Esse argumento é o mesmo daqueles que não têm capacidade para responder aos apelos de justiça social do povo, porque a fábrica do comunismo está justamente nessa defensiva que se faz: a fábrica de comunistas está no mau salário pago; a fabrica de comunistas está na fome de que padecem milhões de brasileiros; a fábrica de comunistas está no privilégio que alguns possuem de ter tudo, quando milhões nada têm neste País.


Faça-se justiça social; estabeleça-se a democracia, o primado do direito; libere-se a imprensa; dêem-se condições ao homem de viver e progredir com dignidade, e o comunismo não se instalará e não terá condições de futuro.

A solércia está no próprio capitalismo agonizante e nesta divisão em que nos colocam, entre uma e outra força, diante de fatos que parecem levar-nos, de maneira irrecusável, a uma guerra termonuclear.

Eu quero a solução, não esse argumento. Quero respostas aos apelos angustiosos de justiça dos homens da minha geração; quero escolas para milhões de brasileiros; não quero o terror e o medo; quero a paz e a justiça.

Mas, desde o primeiro momento em que entrei aqui, falam-me do perigo do comunismo. Comecei a ficar com medo dos comunistas, mas quando recori à História, o que encontrei foi o truste internacional avassalando a nossa economia, corroendo nossas entranhas, frustrando-nos quanto ao futuro, desiludindo-nos em nossas esperanças (..).

Discurso do deputado João Cunha na sessão vespertina da Câmara Federal em 31/10/75, homenagendo a memória de Vladimir Herzog, assassinado pelos torturadores em S. Paulo naqueles dias.

Blog da Guta, equívoco e má fé, além de mentiras deslavadas diante da História...

O blog da Gusta tem forte conotação ideológica de extrema direita.
É porta voz da da Escola Superor de Guerra e da ADESG Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra. Todos defendem os ideais do movimento que instalou a ditadura 64-85 no Brasil.
Vale a pena ficar de olho, por amor à Democracia.

Gusta
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Campanha da OAB-RJ pela abertura do arquivo militar

Seis atores representam militantes políticos desaparecidos na campanha que a OAB/ RJ lança neste sábado (17/4) pedindo a abertura dos arquivos da ditadura de 1964-85.

Com previsão de veiculação em algumas emissoras de televisão e outras mídias, a iniciativa tem seis filmetes de 30 segundos, em que os artistas contam as histórias de alguns desaparecimentos, e a instituição pede adesões, via internet, a um abaixo assinado pela liberação do material arquivado no regime autoritário, que supostamente teria pistas dos ativistas que sumiram.


“Me chamo David Capistrano, sou jornalista e dirigente político. Em 1974, eu desapareci entre o Rio Grande do Sul e São Paulo. Minha família não soube mais de mim. Será que esta tortura não vai acabar?”, diz, em um dos filmes, o ator José Mayer, com expressão grave e em cenário de fundo escuro.

Também participam Glória Pires (representando Eleni Guariba, desaparecida em 1971), Mauro Mendonça (que vive Fernando Santa Cruz, sumido em 1974), Fernanda Montenegro (Sônia de Moraes Angel, 1973), Osmar Prado (Maurício Grabois, 1973) e Eliane Giardini (Ana Rosa Kucinsky, 1974).

Todos os “depoimentos” são encerrados pela expressão:

“Será que esta tortura nunca vai acabar?”

Um texto exemplar

Um exemplo singelo de como é urgente apresentar ao brasileiro a verdade do período 64-85 está na própria internet hoje.

Pessoas sem escrúpulos despejam quilos de asneiras sobre a supressão da Democracia e a instalação do regime militar.

Como não se tem a verdade dos fatos qualquer asneira serve. E é essa a versão oficial do momento presente, que cabe à Comissão de Verdade e Reconciliação esclarecer para a memória dos tempos.

Divirta-se com as mal traçadas linhas do blog da União Nacional Republicana do sr. Orion Alencastro, colhida em 24 de março de 2010.

Este espaço é primeiramente dedicado a DEUS, a PÁTRIA, a FAMÍLIA e a LIBERDADE. Vamos contar VERDADES, FATOS e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES.

Procuraremos, por todos os meios possíveis e legais, contribuir para: - o progresso do Brasil e dos brasileiros; - a derrota das esquerdas; - a valorização das Forças Armadas com a compra de equipamentos, aumento de efetivos e prestigiando a carreira militar. BRASIL, Acima de tudo!

Em um sinistro prédio de Moscou, o empoeirado depósito dos arquivos da ex-KGB guarda a pasta da informação levada ao conhecimento do primeiro-ministro e secretário do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), Nikita Sergeyvitch Khruchtchev: nas primeiras horas do dia 2O de março de l964, vindo do Brasil, era dado a conhecer o pedido da derrubada do governo do Brasil, por milhares de brasileiros.

Plano de Ação – Nikita-Castro combinado e financiado pela URSS converte-se em trampolim exportador da revolução comunista cubana para toda a América Latina, com apoio de partidos comunistas de todos os países. Projetava-se a URSAL, hoje objeto da ação em leque dos sustentadores do Foro de São Paulo e de presidentes caudilhescos.

Aquela informação fôra transmitida através dos telex criptográficos do escritório comercial da Rússia, em São Paulo, e do Consulado da República Democrática Alemã (RDA), pelos agentes secretos russos que, na tarde do dia 19 de março, assistiram impressionados a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, na capital de São Paulo.

A notícia do evento histórico que se espalhou pelo mundo afora dava conta de uma manifestação organizada e pacífica, com a participação de 600 mil pessoas, a maioria mulheres paulistas, além de trabalhadores, religiosos, estudantes, intelectuais, jornalistas, veteranos de guerra, empresários, funcionários públicos e entidades cívicas, maçônicas e de serviços.

Vindas do interior e da zona metropolitana, se concentraram em praças centrais, se uniram e ,em coro, marcharam até a praça da Sé, diante da Catedral de São Paulo.

Nas escadarias do templo católico, líderes organizadores da marcha e populares protestaram contra o governo esquerdista da República, denunciando a corrupção, a desordem social dos movimentos grevistas, o desrespeito à propriedade privada e as idéias políticas de ameaça às liberdades e à destruição da democracia no Brasil.(com pequenas e pontuais modificações aquela época apresentava a mesma situação dos dias atuais)

Papa Paulo IV despertou com a boa nova

A Secretaria de Estado do Vaticano, devidamente informada pela nunciatura apostólica em Brasilia, comunicou o fato ao Papa Paulo IV, já bastante preocupado com a penetração ideológica comunista e os rumos incertos da América Latina.

A rádio Voz da América em Washington emitiu vários comentários sobre a inusitada multidão em defesa da democracia. As rádios de Havana, Pequim e Moscou, como era de se esperar, minimizaram o inédito acontecimento, confundindo os ouvintes de ondas curtas e o seu público, ao tratar o fato como uma manifestação popular que pedia reformas políticas no Brasil.

A avaliação dos Serviços Secretos

Serviços de inteligência dos EUA e da Europa estimaram que a manifestação do povo em São Paulo era um sinal de que as pretensões de conduzir o Brasil para a órbita da URSS, seguindo Cuba, seria muito dificil.

O clima de resistência ao governo João Goulart, em evolução nos principais centros metropolitanos - Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo - era o prenúncio de que as forças armadas deveriam surpreender e se posicionar em favor do sentimento nacional de repúdio ao governo, pois a imprensa alertava a sociedade e alardeava os riscos políticos contra a democracia.

Mulheres em Marcha

As imprensas brasileira e internacional da época registraram em suas páginas os inquietantes fatos conjunturais da política, dando destaque à impressionante manifestação da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, idealizada por uma simples religiosa, irmã Ana de Lurdes, neta do paladino de todas as liberdades, Ruy Barbosa, e que contagiou as mulheres de São Paulo e do país.

Diante do quadro político e ameaçador das instituições democráticas brasileiras, irmã Ana Lurdes, na sua inspiração relilgiosa e iluminada por Deus, concebeu a sábia celebração de uma marcha, segundo ela "um ato de fé num momento de trevas".

Assim nasceu a denominada Marcha da Família com Deus pela Liberdade. "A marcha foi uma reação à baderna que estava tomando conta do país. Não podiamos deixar as coisas continuarem do jeito que estavam, sob o risco de os comunistas tomarem o poder", conforme declaração de Maria Paula Caetano da Silva, fundadora da União Cívica Feminina.

A mulher brasileira derrotou o Kremlin e o PCB

Quando o Kremlin recebeu a informação, o secretário do PCB soviético pôde avaliar com seus colaboradores a dificuldade em conquistar o Brasil, principalmente pela força de mobilização de suas mulheres, da cultura católica e religiosidade do povo brasileiro e das forças armadas eminentemente cristãs.

No dia 10 de janeiro daquele ano, Luiz Carlos Prestes, secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi a Moscou atualizar Nikita sobre o desenvolvimento dos planos que conduziriam o seu país para a órbita soviética.

Nikita foi informado de que "os comunistas brasileiros estavam conduzindo os setores estratégicos do governo federal e se preparavam para a tomada do poder". A bem da verdade, Prestes subestimou as possibilidades de reação da sociedade brasileira e avaliou mal o mosaico de poder estruturado com o PCB dentro do Governo João Goulart, inclusive com os generais do povo e a estratégia aliada de Leonel Brizola, Governador do Rio Grande do Sul, cunhado do presidente, tudo com apoio financeiro de Fidel Castro para a sovietização do Brasil.

Projetava-se a República Sindical Socialista do Brasil, fato bastante conotativo com o que se passa no país hoje, sob os ensaios tirânicos do seu presidente, Luiz Inácio da Silva. Em 31 de março de l964, iniciou-se a sucessão de fatos que livraria o país o comunismo e que contribuiu para ruir as pretensões soviéticas na América Latina .

A poderosa URSS se fragmentou na comprovação do tempo de que o comunismo escravagista foi um imperdoável engano contra a liberdade do homem sobre o planeta Terra.

Em decorrência da Marcha da Família com Deus pela Liberdade e para desmistificar a zombaria da esquerda e a sua ação subterrânea inconformada com a vitória da contra-revolução que garantiu a vitória da democracia no Brasil, é saudável avivar o coração e a alma dos brasileiros para se conscientizarem das ameaças da hora presente, com o sempre atual decálogo dos anos sessenta.
http://brasilacimadetudo.lpchat.com

Pesquisa, copy e edição – Flavio Deckes

General Leônidas, o autêntico..

Entrevista do general Leonidas Pires Gonçalves
é uma demonstação concreta de como
um personagem ativo do golpe que derubou
Jango segue com a linguagem da Guerra Fria

Por Mário Augusto Jakobskind


A Globo News, no último sábado (3 de abril), colocou no ar um longo depoimento do General Leonidas Pires Gonçalves, protagonista do golpe civil-militar que derrubou o presidente constitucional João Goulart, em 1 de abril de 1964.

Entrevistado pelo repórter Geneton Moraes Neto, o militar, hoje com 89 anos, repetiu o que vem sendo dito ao longo do tempo por protagonistas ativos do movimento civil militar que interrompeu a ordem constitucional e fez o país mergulhar numa longa noite escura.

Ao mais puro linguajar da época da Guerra Fria, Pires Gonçalves repetiu a baboseira segundo a qual o golpe foi uma “revolução, uma vontade nacional, contra um regime sindicalista-comunista- criminoso".

O repórter não aproveitou a oportunidade para perguntar ao ex-comandante do DOI-Codi do I Exército, entre março de 1974 e janeiro de 1977, o que ele teria a dizer sobre a participação dos Estados Unidos na derrubada de Jango, oficialmente comprovada com a liberação de uma série de documentos encontrados nos arquivos do Departamento de Estado.

Seria uma perda de tempo mencionar todas as baboseiras repetidas por Pires Gonçalves, um militar retirado pelas Organizações Globo do mofo da história.

O também ex-Ministro militar do governo José Sarney foi sincero em seu rancor histórico contra os setores que nunca comungaram com os ideais autoritários de um movimento que conseguiu alcançar a meta que se propunha devido ao apoio ostensivo do então governo estadunidense de Lyndon Johnson.

Foram milhões de dólares retirados do Tesouro estadunidense para apoiar a quebra da ordem constitucional.

Se não fosse inimputável

Pires Gonçalves passou dos limites em matéria de absurdo ao defender a tese de setores truculentos da antiga linha dura segundo a qual o jornalista Vladimir Herzog se suicidou na prisão. Se não fosse inimputável pelos seus 89 anos deveria responder na Justiça pelo que afirmou.

Tais fatos pertencem à história. Devem ser estudados e analisados para se entender melhor os dias atuais, inclusive evitando que sejam repetidos mesmo como farsa e jamais esquecidos por jornalistas, entre os quais Geneton Moraes Neto. .

Fonte – Bog Mário Augusto Jakobskind

Um exemplo de blog que defende a ditadura hoje

Carta à Unemfa

Prezado Sr José Batista Peço-lhe a gentileza de remeter minha resposta ao sr General Queiroz.
Atenciosamente
Maria Joseita Silva Brilhante Ustra

Senhor General Queiroz

Tomo a liberdade de responder ao seu e-mail, porque tive o prazer de recebê-lo. Realmente concordo com o senhor quando diz que só serão tratados com respeito e dignidade e somente terão força para reinvidicar seus direitos quando uma União dos Militares das Forças Armadas for criada e consolidar-se. Porque o senhor não cria essa associação e não promove a união entre os grupos existentes ? Para inclusive, não correr o risco de perder o único representante que têm no Congresso. Com essas divisões, esse "disse-me- disse" que tenta denegrir a imagem do Deputado Bolsonaro, não sei se perceberam que podem abalar o eleitorado da única voz que fala em nome da classe. Heloisas Helenas e outros estão se aproveitando da situação para penetrar no meio militar e conseguirem adesão para seus partidos . Sou feminista e, mesmo assim penso que esse movimento tinha que partir dos homens. Seria mais profissional, teria mais força e menos apelo emocional. É necessário que eu diga que falo em meu nome, e em resposta ao e-mail que me foi enviado . Sei da hierarquia e da impossibilidade dos militares da ativa se pronunciarem, mas os da reserva e os reformados não estão impedidos de fazê-lo. Essas senhoras são umas guerreiras, umas heroínas porque sofrem na pele o dia a dia de um orçamento minguado, e cheio de privações. Passam frio e medo a noite. Se expõem `a chuva. Mesmo assim , penso que o apelo parece, para quem está
de fora ,muito mais emocional que a reinvindicação de uma classe.Nunca se viu mulheres de bancários, nem de metalúrgicos, nem de funcionários públicos, reinvindicando, em nome de seus maridos, melhores salários. Realmente vocês foram formados acreditando que os comandantes são capazes de resolver os problemas dos subordinados, mas as pessoas, as épocas, os valores s e , principalmente as ideologias são diferentes.Isso é comprensível, não porque eles sejam "crias da Revolução" ( aliás , para melhor dizer Contra-Revolução ). E se foram forjados pelos heróicos homens que fizeram e lutaram para manter a Contra-Revolução, não teriam sido forjados na inibição de sua liderança.Se foram forjados dentro dos princípios da Contra -Revolução, teriam aprendido a liderar e dentro dos princípios da hierarquia militar, lutar sempre por um Brasil melhor. Por um Exército bem equipado, para manter seus subordinados atendidos dentro de suas necessidades mínimas. General Queiroz não culpe a Contra-Revolução pelo que está acontecendo. Culpe a falta de informação, a falta de vontade de acabar com essa história cômoda de que tudo de errado que está acontecendo é culpa de 1964. Essa afirmação é usada para denegrir um fato histórico de valor incalculável pelos perdedores. É culpa de todos nós, civis e militares, que vivemos a Contra -Revolução e que deixamos que os perdedores estejam no poder, deturpando e escrevendo a história da maneira que só favorece a eles. Sou democrata e acho que o voto é para isso mas, permitir que falseem a história, isso jamais poderia ter sido permitido. Precisamos nos unir, vocês militares, principalmente, e lutar para que os valores , as lideranças, a força de vontade e a união voltem a reinar entre vocês, para tranquilidade do país. Atenciosamente

Maria Joseita Silva Brilhante Ustra
From: Jose Batista To: ; Joseíta Ustra ;

Guerreiras de Brasília, de Anápolis e de todo o Brasil! Parabéns a vocês. Têm lutado com muita determinação. Só seremos tratados com respeito e dignidade, só teremos força para reivindicar direitos, muitos dos quais ainda adormecidos, quando a Unemfa crescer e consolidar-se. Levaremos ainda alguns anos para adquirirmos a cultura da reivindicação. Além disso, a desunião bate contra a gente. O caminho para chegar lá será árduo e demorado. Muitas etapas terão que ser vencidas e muito teremos que aprender. As discordâncias surgidas no caminho exigirão diálogo e humildade. Não se agigantem antes da hora. Saibamos ouvir as críticas, como Deus ouve as orações. É um trabalho
de longo prazo. Não se constrói um edifício da noite para o dia. Por outro lado, aprendemos a acreditar que nossos comandantes são capazes de resolver nossos problemas. Além de não terem força e liderança, não lutam com vontade e determinação pelos direitos dos subordinados. Isto é compreensível, porque os atuais chefes são crias da Revolução e foram forjados na inibição da sua liderança. Aprenderam a obedecer, mas não a lutar. Estes chefes, bem como os comandantes de OM, precisam ser cooptados para a causa e não excluídos dela. Eles são extremamente importantes na luta pela reivindicação dos direitos da Família Militar. A Unemfa de cada cidade deve ir aos comandantes, mostrar para eles a situação de desespero da Família Militar e solicitar uma posição mais firme na defesa do reajuste salarial.

Gen R1 Queiroz - Brasília

Golbery e Geisel armaram e desarmaram o regime

O Exércto Brasilero tem em sua história momentos de glória. E tem também momentos tristes.
Existe a instituição e os homens que a operam. Quando os homens são bons e justos essas qualidades refletem na instituição.
Mas quando a banda podre toma o comando se pode esperar de tudo.

Foi o que aconteceu há 46 anos. A banda podre alucinada por idéias anti-humanas iniciou o comando por 21 anos do destino dos brasileiros. E eleição, prá que?

Os crimes da banda podre de 64 estão impunes. Passado quase meio século, novos membros da nova banda podre defendem os criminosos antigos e justificam seus crimes, confundindo-os com a instituição.

Chantageiam o Espírito da Verdade com o argumento de que falar mal dos criminosos é denegrir a instituição. Somos obrigados a aceitar essa chantagem.

Elio Gaspari revelou num de seus volumes sobre a administração militar a plenitude do pensamento da banda podre de 64.

Para escrever O Aprendiz e o Feiticeiro Gaspari recebeu de Ernesto Geisel (o aprendiz) e de Golbery (o feiticeiro) uma Kombi de documentos e a encomenda de dar sentido histórico àquelas duas existencias infelizes.

Gaspari cumpriu brilhantemente a missão: nos dá o retrato cruel mas verdadeiro do que foram os militares que ocuparam o primeiro plano da vida brasileira a partir de 64.

O livro cuida da imagem daqueles que a memória social considera os principais estrategistas da ditadura, generais Ernesto Geisel e Golbery do Couto e Silva.

A seguir a resenha da obra publicada na revista História Viva.


GASPARI, Elio. 2003. A ditadura derrotada. O sacerdote e o feiticeiro. São Paulo, Companhia das Letras.

O livro tem quatro partes:

1) "O sacerdote e o feiticeiro" (respectivamente os generais Ernesto Geisel e Golbery do Couto e Silva), que expõe a trajetória biográfica dos dois personagens;

2) "O caminho de volta", relatando a ascensão de Geisel ao poder, incluindo a transição com o governo Médici, a montagem da equipe e o combate à oposição armada;

3) "No planalto", sobre a política de governo e

4) "A derrota", que analisa o impacto da surpreendente derrota eleitoral que o partido do governo (ARENA) sofreu em 1974.

O livro faz parte da coleção sobre o regime militar escrita por Gaspari, cuja proposta é contar a história do "consulado militar", expressão que ele utiliza para nomear o regime militar brasileiro, projeto completado pelos outros três livros já publicados (A Ditadura Envergonhada, A Ditadura Escancarada e A Ditadura Encurralada).

Nesse grande projeto editorial, Gaspari usa seu talento narrativo para recompor os detalhes da vida palaciana durante o regime militar, enfatizando aspectos da luta política interpessoal que opôs os principais personagens militares que dividiram o poder nos 20 anos que durou o regime.

No volume A Ditadura Derrotada temos a síntese das virtudes e problemas de ordem historiográfica que estão presentes nos outros volumes.

Gaspari, já no "Prefácio", lista a quantitativamente impressionante relação de fontes primárias e assume: "Este livro não existiria sem a colaboração dos dois generais" (GASPARI, 2003, p. 16).

Golbery deu a Gaspari 25 caixas de arquivo, com cerca de cinco mil documentos.

Geisel recebeu-o em vinte entrevistas a partir de 1984, até 1996. Além disso, Heitor Ferreira, secretário pessoal de Geisel, cedeu-lhe o arquivo privado, seu diário (1964-1976) e 120 fitas cassetes com gravações de outubro de 1973 a março de 1974, totalizando 220 horas de conversações entre Geisel e colaboradores.

Essa impressionante base documental, no entanto, revela uma questão heurística importante: a inevitável pré-seleção do material documental, na medida em que foi cedido pelos próprios protagonistas da história contada no livro.

É praticamente um ponto de consenso entre historiadores que a organização, guarda e transmissão das fontes historiográficas deve ser parte da própria reflexão que delimita as possíveis abordagens de um tema.


O livro em questão concentra-se na imagem daqueles que a memória social vem considerando os principais estrategistas da ditadura, Ernesto Geisel e Golbery do Couto e Silva.

A apresentação dos perfis pessoais dos dois personagens, estratégia fundamental na narrativa historiográfica de Gaspari, aponta para homens autoritários, mas coerentes.

A imagem traçada do General Geisel é ambígua, retratado como um homem duro, porém coerente, que enfrentou a "indisciplina" e a "anarquia militar" com mão de ferro. Nas palavras do autor: "Geisel recebeu uma ditadura triunfalista, feroz contra os adversários e benevolente com os amigos.

Decidiu administrá-la de maneira que ela se acabasse. Não fez isso porque desejava substituí-la por uma democracia.

Assim como não acreditava na existência de uma divindade na direção dos destinos do universo, não dava valor ao sufrágio universal como forma de escolha dos governantes.

Queria mudar porque tinha a convicção de que faltavam ao regime brasileiro “estrutura e força para perpetuar-se" (idem, p. 15).

Mesmo sua politização precoce é matizada pelo caráter castrense: "Se é possível dizer que houve dois tenentismos, um profissional e outro político, alistara-se no primeiro" (idem, p. 37).

A questão que podemos levantar é que, justamente, fica muito difícil estabelecer um "tenentismo profissional", expressão que não se vê na historiografia clássica sobre o tema, constituindo-se em pura - e eficaz - figura de retórica do autor.

Na seqüência, Gaspari faz uma breve e linear exposição da carreira de Geisel: ingresso no Colégio Militar em 1925; Tenente em 1929; participante da Revolução de 1930, como parte do IVº Grupo de Artilharia a Cavalo (Rio Grande do Sul), e da Revolução de 1932, como parte das forças legalistas; retorno ao Rio de Janeiro, para a Escola de Artilharia; major em 1945, com estágio na Escola de Comando do Fort Leavenworth (EUA).

E arremata: "As inquietações cotidianas do major Geisel relacionavam-se muito mais com a qualidade do Exército em que vivia do que com os grandes problemas nacionais" (idem, p. 44)

A possível contradição entre o Geisel rebelde e o soldado disciplinado e profissional é resolvida na medida em que Gaspari reforça a explicação que o personagem biografado dá de si mesmo.

Conforme seu próprio depoimento, Geisel aceitava como legítimas as manifestações de força feitas dentro da hierarquia militar (com as que teriam ocorrido em 1930, 1937 e 1945).

Todas essas revoltas militares haviam sido feito "dentro da hierarquia", segundo o General, determinadas pelo quartel-general e apoiadas pelo Comandante da unidade.


Portanto, o militar Geisel legitima (e oculta) seu lado político, seus interesses e sua participação no jogo de poder dentro do Exército, elementos que, em princípio, alimentariam a "anarquia militar", expressão constantemente utilizada por Gaspari.

Por exemplo, em 1955, o tenente-coronel Geisel, ao ser nomeado pelo marechal Lott para a Petrobrás, tornando-se parte da equipe administrativa do complexo industrial petrolífero em formação, teria dado uma demonstração de coerência, coragem e desprendimento, repreendendo o marechal, dizendo-lhe: "O senhor não podia se insurgir contra um presidente da República que o tinha nomeado" (idem, p. 54).

Geisel referia-se ao chamado "golpe preventivo" que destituiu Carlos Luz da Presidência da República, garantindo a posse de Juscelino Kubitschek.

Em 1957, durante seu comando em Quitaúna (SP), a morte do filho, atropelado pelo trem, "alterou a noção que Geisel tinha da própria existência" (idem, p. 55).

A partir daí, conforme Gaspari, o sisudo militar tornava-se um homem amargurado, dedicado à vida pública unicamente pelo senso de dever. No Conselho Nacional do Petróleo, Geisel mostrava-se mais uma vez coerente:


"Um Coronel anticomunista da 2ª Seção do EME [Estado-Maior do Exército] incomodava muita gente, mas um oficial capaz de hostilizar Capuava [uma refinaria privada concorrente da Petrobrás] sentado no CNP [Conselho Nacional do Petróleo] incomodava muito mais" (idem, p. 66). Temos a impressão de ler sobre a vida de um Robespierre virtuoso, embora à direita.

Apesar de reiterar boa parte da visão dos depoentes, o próprio Gaspari dá-nos um exemplo de como os depoimentos memorialísticos, que formam boa parte das suas fontes, podem mentir, quando da sua exposição sobre a tentativa de golpe contra a posse de Goulart:


"A derrota do golpismo foi tamanha que, com o tempo, ninguém se dispôs a segurar o caixão da crise de 1961" (idem, p. 82). Seguem-se depoimentos de golpistas confessos que passaram a se dizer "favoráveis à posse de Jango", como Odílio Denys, Cordeiro de Farias e Carlos Lacerda.

Entretanto, essa técnica de crítica aos depoimentos dos envolvidos não é utilizada ao longo do livro, talvez como tributo à importância que os biografados tiveram na própria construção do livro, imprimindo-lhe, em certo sentido, a delimitação heurística.

Finalmente, com o golpe de 1964, o "antipolítico" e "militar profissional" general Geisel voltava ao círculo do poder como Chefe do Gabinete Militar de Castello Branco. Já de volta ao Rio, em 1962, "era um perfeito conspirador de 1964" comandando um "canil" (idem, p. 88), participando do núcleo conspirador que contava com a participação de Cordeiro de Faria e Antônio Muricy.

O objetivo desse núcleo: atrair Castello Branco, o Chefe do Estado-Maior do Exército para a conspiração, só conseguida em janeiro de 1964. Sintomaticamente, o próprio Gaspari sugere o processo nada fortuito de seletividade das fontes históricas preservadas pelos envolvidos: "dos planos do golpe sobraram poucos documentos e vagas reminiscências" (idem, p. 88).

Depois da sua passagem pela Casa Militar e contrariado pela posse de Costa e Silva, Geisel foi nomeado para a presidência da Petrobrás, em 1969. Sua vida e trajetória como empresário da estatal pouco aparecem no livro, que enfatiza a pureza do militar duro, profissional e incorruptível.

***

Sobre Golbery do Couto e Silva, Elio Gaspari apresenta-nos um perfil menos monumentalizado e mais humano, embora sempre frisando a sua coerência, ainda que do "lado errado" (em tempo: o autor condena o autoritarismo e a violência do regime militar).

Filho de família aristocrática arruinada, Golbery freqüentou a Escola Militar do Realengo, sendo um aluno quase tão bom quanto Prestes e Geisel (os melhores). Em 1939, como capitão, tornou-se membro de apoio do Conselho de Segurança Nacional (CSN). Participou da Força Expedicionária Brasileira (FEB), mas "não ouviu nenhum tiro" na IIª Guerra Mundial (idem, p. 118).

Com a criação da Escola Superior de Guerra (ESG), consolidava-se na sua visão de mundo a "premissa de que o subdesenvolvimento brasileiro era produto da falta de competência e articulação de sua elite". Assim, Golbery via na ESG a possibilidade de "sistematizar o debate dos problemas do País" (idem, p. 123). Iniciou, então, sua carreira de intelectual castrense, com o ciclo de conferências "Aspectos Geopolíticos do Brasil", em 1952.

Conforme Elio Gaspari, o feiticeiro Golbery foi o redator do "Memorial dos coronéis" (fevereiro de 1954) e do "Manifesto dos generais" (agosto de 1954), documentos que precipitaram a crise política que culminou no suicídio de Getúlio Vargas. Em outubro de 1954, novas conferências: "Planejamento e a Segurança Nacional". Nelas desenvolveu os conceitos de "guerra subversiva" e "guerra total".

Defendeu a idéia de uma Política de Segurança Nacional planejada que decidiria o momento e a forma por que o governo declararia guerra a parte do seu povo (idem, p. 135).

Iniciava-se a codificação da Doutrina de Segurança Nacional, por volta de 1953, uma mescla das idéias do Estado Novo com as novas "apostilas americanas", sintetizadas por Cordeiro de Farias em 1952.

Em 1956, o coronel Golbery foi para o Estado-Maior do Exército e conheceu Geisel e Figueiredo, uma das trindades mais importantes do regime militar. Em fevereiro de 1961, assumiu a Secretaria-Geral do CSN e o controle do Serviço Federal de Informação e Contra-Informação, base do futuro Serviço Nacional de Informações (SNI).

Em 1962, promovido a general, Golbery sai do Exército e ajuda a criar o IPÊS (Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais, fundado por Augusto Trajano Antunes, dono da ICOMI, e Antônio Galloti, presidente da Light and Power). Ao lado do IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática, criado por Ivan Hasslocher para financiar os candidatos conservadores das eleições de 1962), funcionaria como instituição golpista, cuja base social estava fincada entre os empresários.

As fontes primárias são transformadas em "monumento", conforme a expressão de Jacques Le Goff, sendo pouco problematizadas pelo autor. Um exemplo disso pode ser visto quando Gaspari descreve o último manifesto de Golbery contra Goulart, redigido em 1º de abril de 1964, intitulado "Missão a cumprir pelo governo", demarcando seis pontos: "três óbvios (ordem, anti-corrupção e inflação), um desejo ('elevar o nível de educação política do povo'), um sonho (garantir eleições limpas e posse para eleitos).

Um outro ponto versava sobre as Forças Armadas: reintegrar no princípio constitucional, restabelecendo profissionalismo, hierarquia e autoridade, para depois cuidar do reaparelhamento" (idem, p. 165). O juízo de valor feito por Gaspari parte do princípio da transparência da fonte e da sinceridade das suas idéias, nunca problematizadas como ideologia (o que necessariamente não quer dizer mentira ou cinismo instrumental diante da "realidade").

Em um certo sentido, reiterando a memória liberal sobre o golpe e o regime militar, Elio Gaspari sintetiza o primeiro governo do regime (Castello Branco) nos seguintes termos: "O projeto de reforma castelista mal arranhou o estilo de vida do patronato brasileiro. Faltava-lhe a base política para buscar nas urnas um mandato que lhe permitisse uma aproximação com o centro, da mesma forma que lhe faltava disposição para tentar criar uma base militar que lhe permitisse, ao menos, dispensar o amparo que recebia do patronato.

Era a anarquia que dava o tom ao regime, obrigando-o a simular uma corrosiva aparência de unidade militar" (idem, p. 171). Essa parece ser uma avaliação feita pelos próprios protagonistas biografados e chancelada pelo autor.

A sucessão de Emílio Médici, figura de que pouco se fala no livro, surge como um movimento personalista e exclusivamente militar, como nas velhas crônicas palacianas. A escolha recaiu sobre Geisel, tecnocrata e militar, com um pé no castelismo e na "nova ordem" posterior ao Ato Institucional n. 5 (idem, p. 188).

Golbery e Cordeiro de Farias coordenaram o lobby para fazer de Geisel o candidato a Presidente. Orlando Geisel (Ministro do Exército) e Figueiredo (Chefe do Gabinete Militar) conseguiram fazer a ponte com Médici, que não gostava de Golbery. Conforme o livro, Geisel aceitou por puro profissionalismo e patriotismo. Ponto.

No capítulo do "Grande eleitor", Gaspari reforça um certo "individualismo metodológico" que perpassa o livro, para pensar a dinâmica da História. Geisel surge como "soldado disciplinado", esperando a decisão do "eleitor" Médici (idem, p. 224). O jogo de bastidores e articulações maiores entre os grupos políticos e econômicos desaparece completamente. A dinâmica política do regime militar sempre é explicada a partir de idiossincrasias militares, ocorridas na caserna ou no palácio.

O capítulo mais chocante, intitulado "Esse troço de matar", reconstitui a conversa de Geisel com o General Dale Coutinho (em 16 de fevereiro de 1974). Mesmo em se tratando de tortura, mantém-se um perfil de Geisel "duro, mas honesto e coerente", defendendo a morte dos subversivos dentro de uma lógica estritamente militar.

Geisel não se via como político e Gaspari, em certo sentido, homologa essa auto-imagem. Em certos trechos, surge nitidamente uma fala monumentalizada, direcionada muito mais aos pósteros e não ao seu interlocutor direto. Por exemplo: "Não vou dar aos políticos o que eles querem, mas vou viver com eles [...] porque, senão, como é? Nós vamos, nós temos a outra alternativa, que é ir para uma ditadura [...] que é uma solução muito pior" (idem, p. 320).

Outro exemplo de fala para ser ouvida pela posteridade: "Eu não tenho razões personalistas. Não me queixo do Médici [...] Ele [Costa e Silva] fez o AI-5 constrangido como o Castello fez o AI-2 constrangido, também. Porque, por tendência, eles não fariam, eles foram quase obrigados. Agora, eu não quero ser obrigado, quando for o caso, eu aplico [...] eu vou aplicar é racionalmente, com moderação e com decência e pronto" (idem, p. 323).

Geisel e Golbery não aparecem em nenhum momento como constrangidos pela história. São os heróis do livro e, por tabela, da história contada por Gaspari que, habilmente, consegue manter-se em um estilo crítico e irônico diante dos personagens. Mas o núcleo da narrativa e da análise aí incluída, a coerência e um certo idealismo patriótico e conservador - nada disso é tocado.

Nada melhor que as palavras do autor – de hábil fatura, diga-se – que dão início à trilogia para reforçar nossa análise: "Entre 1974, ao assumir o governo, e 1979, ao deixá-lo, [Geisel] transformou uma Presidência inerte, entregue a um colegiado de superministros, num governo imperial. Converteu uma ditadura amorfa, sujeita a períodos de anarquia militar, num regime de poder pessoal, e quando consolidou esse poder - ao longo de um processo que culmina em 12/10/77 - desmantelou o regime. Quando assumiu havia uma ditadura sem ditador. No fim de seu governo, havia um ditador sem ditadura" (GASPARI, 2002, p. 35).

Em suma, as trajetórias biográficas apresentadas ao longo do livro, articulada à análise dos fatos do período, revela um olhar que condena o autoritarismo, mas mantém-se preso a uma teia narrativa factual e valorativa que, em última instância, é norteada pela visão de mundo dos dois biografados, figuras centrais na construção do regime militar, embora tenham conseguido passar à história como os seus demolidores.

As obras de Gaspari parecem situar-se dentro de uma tradição de análise, muito forte em alguns setores da imprensa, que vêm reiterando uma memória liberal sobre o regime militar. Arriscaríamos dizer que os traços principais dessa corrente seriam os seguintes:

a) o golpe foi um acontecimento fortuito, sem projeto ou conspiração eficazes, produzido pela incompetência política de João Goulart;

b) os conspiradores civis, inocentes úteis, foram progressivamente alijados do novo regime ou romperam com ele, ao perceberem o endurecimento político progressivo;

c) havia um núcleo liberal no Exército que foi neutralizado pela "linha dura", entre 1967 e 1974 e obrigado por ela a aceitar medidas de violência política e

d) a pressão dos quartéis estaria na base do endurecimento do regime, portanto, este processo não seria fruto de uma estratégia política.

Nessa tradição de análise, a responsabilidade dos civis e militares "liberais" que foram artífices do golpe e do regime fica atenuada, pois eles teriam perdido o controle do processo político, abrindo espaço para a violência política da "ditadura escancarada" de 1968 a 1974.

Outras questões centrais para uma análise mais acurada do regime simplesmente desaparecem da agenda: a tradição de liberalismo doutrinário e autoritarismo instrumental, marca das elites brasileiras; o amplo controle do processo político e da violência autorizada, por parte da hierarquia militar brasileira, apesar das tensões e lutas políticas inerentes ao exercício do poder (o que poderia colocar em xeque a tese da "anarquia militar" que não parece tão determinante no caso brasileiro); a vacilação dos liberais tendo que optar entre a crítica à censura e a necessidade de uso da força contra a guerrilha e a opção por um autoritarismo institucional por parte dos castelistas, complementado pela violência política instrumental e localizada (que poderia ir além da tradicional dicotomia entre "linha dura" e "moderados").

Tendo o mérito de recolocar, de maneira apaixonada e com estilo, o tema do golpe e do regime militar no debate público, o(s) livro(s) de Gaspari, no entanto, corre(m) o risco de ensejar uma leitura acrítica e cheia de armadilhas metodológicas.

Ocupando, de maneira legítima, o vácuo deixado pela historiografia política que abriu mão de "contar a história" em prol de uma hiper-teorização nem sempre acessível ao leitor culto, mas leigo, As Ilusões Armadas demandam uma leitura crítica que faça saltar, da bela articulação narrativa, os problemas teórico-metodológicos e as escolhas ideológicas do autor, cuja força sedutora da narrativa consegue ocultar.

Referências bibliográficas
GASPARI, E. 2002. A Ditadura Envergonhada. As Ilusões Armadas. SP, Cia. das Letras.
_____ 2003. A Ditadura Derrotada. O Sacerdote e o Feiticeiro. SP, Cia. das Letras.

Revista de Sociologia e Política

22 de abril de 2010

Jurista Analisa o Golpe

Radiografia do Terrorismo no Brasil 66/80
Autor - Flavio Deckes


Prefácio - Dalmo de Abreu Dallari

" 'A história é mestra da vida, senhora dos tempos, luz da verdade'. Essas belas palavras de Cícero contém um ensinamento e uma grave advertência. Elas nos dizem que aqueles que prestarem atenção aos ensinamentos da História aprenderão lições de vida que iluminarão o caminho que leva à verdade.

"Mas também advertem que a história é demolidora implacável dos belos e gloriosos tapumes que ocultam a realidade dos hipócritas, dos oportunistas dos que sem esforço transacionam com princípios e se adaptam a novas circunstâncias à busca de satisfação de seus interesses e de suas ambições.

"Esse livro é um testemunho da história. Pesquisando em livros e jornais, valendo-se de sua memória e de sua experiência, o autor reuniu dados que, no seu conjunto, darão às gerações futuras um retrato, cruel mas verdadeiro, do que foi o Brasil dos militares, senhores do dinheiro, tecnocratas e políticos oportunistas e corruptos que ocuparam o primeiro plano da vida brasileira a partir de 1964.

"Detendo-se em alguns episódios marcantes desse trágico período o autor vai às minúcias de uma análise microscópica, assinalando nomes e fatos para a memória dos tempos.

"É provável que alguns, de boa ou de má fé, considerem inoportuna a publicação deste livro, por reabrir feridas aparentemente já cicatrizadas, por alimentar desconfianças e malquerenças, por sugerir vinganças.

"Deve-se reconhecer que, na realidade, alguns dos que participaram de episódios aqui relatados foram envolvidos pela mentira insidiosa ou pela distorsão terrificante que preparam o terreno para o golpe de 1964.

"Outros dirão que só desejaram o início e que não lhe teriam dado apoio se soubessem o que viria depois. E há também os que se converteram à democracia e ao humanismo quando souberam das brutalidades e imoralidades de toda sorte que se praticavam sob o pretexto de salvar o Brasil, dar segurança ao povo e promover o desenvolvimento econômico.


"Na realidade, porém, este livro não é um panfleto revanchista, como fica evidenciado pela serenidade, pelo comedimento e pela prudência do autor, perceptíveis em todos os capítulos.

"Por outro lado, é importante que as gerações futuras saibam que muitos brasileiros, como "aprendizes de feiticeiro", ajudaram a criar uma verdadeira máquina de terror, que fugiu ao seu controle e produziu milhões de vítimas, a maior das quais foi o próprio Brasil.

"Mas, além disso, é importante registrar para a história o comportamento de pessoas sem escrúpulos, sem barreiras éticas, sem respeito pela pessoa humana, que tudo aceitaram e tudo permitiram ou fizeram por ambição ou por intolerância.

"Muitos dos autores das façanhas terroristas relatadas neste livro ainda continuam por aí, às vezes até ocupando posições sociais e políticas de realce. Outros continuam ainda agindo dentro das instituições que lhes deram cobertura e recursos para a prática de crimes, o que se verifica especialmente quanto a policiais e militares, participantes dos ironicamente chamados "organismos de segurança".

"Alguns já escaparam pelos caminhos da aposentadoria ou da morte e já não constituem ameaça, mas é importante que fique estabelecida a verdade histórica do que foram e do que fizeram.
E há os que ainda permanecem na sombra e que talvez algum dia também sejam mostrados à luz da verdade para o julgamento da história.

"Este livro é uma contribuição importante para a historiografia brasileira e uma advertência para as gerações futuras. Com clareza, objetividade e responsabilidade o autor transmite aos seus leitores sua mensagem que é de paz, lembrando, através dos fatos, que a violência, o arbítrio, a intolerância política, a acomodação perante as injustiças impedem
a construção de uma sociedade justa e a conquista da paz".

Persistência da Memoria

Hoje é segunda-feira 31 de março de 2014, temos um dia lindo de sol e calor de fim de verão.

Em 31 de março de 1964, uma terça-feira de 50 anos atrás, o Brasil teve suspensa a liberdade e começou o período mais trágico e sanguinário de toda a sua história, tirando a escravidão dos africanos.

Por 21 anos seguidos, cidadãos foram presos, espancados, torturados e assassinados. Mulher grávida, criança, idoso, não se poupava ninguém na busca dos "criminosos de idéias" - todos os democratas que eram contra o regime militar.

Nesse meio século que passou, nunca se viu tanta análise, tanta investigação científica nas universidades para explicar os fatos políticos, sociais e econômicos de um período, mas toda a produção acadêmica mofa nas prateleiras das bibliotecas e o povo desconhece o que aconteceu naquele tempo.

Só uma pequena elite intelectual troca figurinha entre si e escreve mais uma tese para promoção na carreira. A interpretação da nossa história contemporânea é quase obra de ficção, só entendida pelos entendidos.

É um pacto pelo silêncio do equívoco que se alonga por várias décadas. Vamos a um exemplo. Diz-se que os criminosos da ditadura também foram anistiados.

Essa conversa do governo e dos políticos de que os torturadores foram anistiados é enganosa porque cada um dos anistiados teve o nome publicado no Diário Oficial. Uns foram anistiados quatro, cinco vezes porque tinham quatro ou cinco processos. O perseguido político que não tinha processo não foi anistiado.

E também torturador nenhum foi anistiado. Não saiu o nome dos torturadores em nenhum Diário Oficial afirmando que eles foram anistiados..

Nas ruas está a triste realidade. É preciso explicar às pessoas o que aconteceu décadas atrás, mas esse passado distante não desperta mais interesse.

Que fazer? Nada. Deixar as teses científicas e as memórias publicadas e por publicar mofarem nas prateleiras das bibliotecas. E torcer para que as cabeças totalitárias não saiam da penumbra até que tudo seja explicado.

Excerto do livro Historinhas do Brazil, disponível, na íntegra, no End:
Historinhasdobrazil.blogspot.com

Jarbas Passarinho abre o bico e acusa Geisel de ordenar execuções

O tenente-coronel Jarbas Passarinho fez parte da cúpula do poder durante a Ditadura Militar (1964/1985). Foi ministro do Trabalho e Previdência Social no governo Costa e Silva; ministro da Educação, no governo Emílio Garrastazu Médici e ministro da Previdência Social no mandato do general João Figueiredo.

Militante da ARENA (depois PDS), partido de sustentação do regime autoritário, ocupou cargos como de governador do Pará e de Senador.
Aos 90 anos, até hoje defende a Ditadura justificando a perseguição política, as prisões arbitrárias e a ação violenta dos órgãos de repressão.

Como a penitenciar-se com a proximidade do fim de sua vida terrena este mesmo Passarinho, faz a expiação de sua cumplicidade nos crimes cometidos pelo regime militar em entrevista concedida a Maria Inês Nassif e Paula Simas, e publicada no Valor, no caderno Fim de Semana, pág. 4.

Trechos da entrevista, postada no site Conversaafiada em abril.

"Eliminar fisicamente adversários seria uma decisão estrita de um presidente da República, segundo Passarinho. Ele reconhece que essa decisão foi tomada no fim do Governo Médici … Mas acha que, no caso de Geisel, as mortes e os desaparecimentos foram mais numerosos e menos justificáveis."

" … o Massacre da Lapa (chacina que, em 1976, praticamente dizimou o comitê central do PCdoB). Quem fez isso ? E quem matou o Comitê Central do Partidão? Não foi o Médici, não. Isso foi uma política de Estado? É lógico que foi!
"Uma ordem para não fazer prisioneiros só podia vir do presidente da República, de mais ninguém."

" … no Governo Geisel houve uma política de Estado de extermínio dos adversários quando os militares já haviam feito, na gestão anterior, a limpeza da guerrilha urbana, que era o que efetivamente ameaçava o regime militar.

" … a guerrilha do Araguaia (1969-1975, do PCdoB) foi utilizada
como pretexto para continuar o regime autoritário. Era um movimento inexpressivo. … (n)uma área cercada, que poderia resultar até na morte por fome dos guerrilheiros … era um grupo de 60 pessoas completamente isolado …"