30 de abril de 2010

Escola Superior de Guerra lança ex-aeromoça para o Senado

Ex-aeromoça gaucha é candidata da
Escola Superior de Guerra ao Senado
blog Toque Feminino

... Ana Prudente é empresária na área editorial, natural de Porto Alegre, tem 49 anos e mora em São Paulo desde 1976. Foi comissária de bordo na VASP durante 13 anos e é mãe de dois filhos.

Ela faz parte do Conselho de Relações Exteriores, assim como do Comércio Eletrônico na Federação do Comércio.

Trabalha como diretora social adjunta da ADESG/SP (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra), diretora de relações-públicas da SASDE (Sociedade Amigos da Segunda Divisão do Exército), e, por fim, é membro da Academia de Arte, Cultura e História, da Liga da Defesa Nacional.

... Ana Prudente quer ser Senadora por São Paulo e a idéia de entrar na política veio dos amigos que a pressionaram. Mesmo antes disso, ela já participava de questões políticas e ajudou candidatos amigos em suas eleições.

Seu espírito guerreiro precisava ser libertado e não adiantava mais lutar contra o destino. ... Veja na íntegra a entrevista e conheça melhor a candidata que quer ajudar a mudar a política nacional. ...

Toque Feminino: Muitos eleitores não sabem a função que os senadores exercem. A fim de esclarecer isso, você pode nos explicar qual é a função de um Senador? Qual será a sua contribuição caso se eleja Senadora?

... Ana Prudente: A principal função de um senador é a FISCALIZAÇÃO. Ao senador cabe fiscalizar Legislativo e Executivo e sua obrigação é denunciar pelos meios disponíveis toda e qualquer irregularidade detectada. Existe uma confusão muito grande hoje, a qual eu venho observando presencialmente por estar uma candidatura. Em quase total maioria, costumam perguntar a senadores sobre “quais os seus projetos”, o que difere longe da pergunta que deveria ser “o que o(a) senhor(a) pensa sobre...”.

Projetos são da alçada dos deputados, aos senadores cabe julgar se são viáveis ou não. Há anos venho brigando, como cidadã, por algumas mudanças. Não aceito que um país considerado de terceiro mundo, um país tão rico quanto o no sso, tenha este crescimento medíocre.

... Eu quero e vou interferir nas verbas destinadas tanto a deputados, senadores e até mesmo naquele cartão de crédito liberado para o Executivo. Tenho vergonha da falta de sensibilidade dos nossos legisladores.

Embora a Câmara esteja literalmente às moscas porque os representantes que elegemos precisam cuidar de suas próprias campanhas para uma reeleição, até agora nenhum se dignou a “devolver aos cofres públicos” o salário que pagamos para que estejam lá, trabalhando.

Também vou tratar do fim da imunidade parlamentar para que os eleitos deixem de usá-la como arma contra a própria sociedade que os elegeu. Eu levaria dias escrevendo sobre todas as áreas onde pretendo mudanças, mas sei que não posso fazê-lo aqui pela simples razão de espaço e tolerância.

... TF:Você já foi eleita a algum cargo?

... Ana: Nunca fui eleita nem nunca me candidatei. Sempre tive grandes “grilos” com essa conversa esquisita de “coligações”. Vejo lideranças de partidos dançando uma valsa que eu não consigo e nem quero dançar. E um dia pode chegar a ordem para apoiar aquele que você nunca se identificou.

E como é que eu explicaria isso aos meus eleitores? Não, eu não sirvo para isso, eu seria expulsa na primeira oportunidade como “a rebelde” porém ao meu ver, com causa. Analisei o PTC durante uns 6 anos pelo menos até o dia em que decidi me filiar.

Identifiquei neles uma personalidade parecida com a minha, além de freqüentarmos sempre os mesmos lugares, mesmos interesses etc... E estou bastante satisfeita pois embora esteja ligada hoje a várias pessoas que compõem um partido, a ordem é que eu seja EU, sempre EU em minhas posições, e que eu continue fazendo o que sempre fiz.

Possuo carta branca e apoio em tudo o que precisar caso me envolva em encrenca com algum político. Não tenho papas na língua e por isso, não estou livre de sofrer algum processo, mesmo que esteja dizendo a mais pura verdade. Quero a vaga para “também” acabar com estas tantas facilidades hoje disponíveis à classe.

... TF: O que a levou a entrar na política? Quando isso ocorreu? Além da política, qual é a sua profissão?

... Ana: Entrei na política oficialmente devido à pressão de amigos que convivem comigo há vários anos, percebi que não adiantaria resistir e brigar contra o destino. Eu sabia que um dia acabaria tendo que abrir mão da minha privacidade, que sempre preservei muito.

Em passado recente, trabalhei ativamente para eleger pessoas de minha confiança e gostava das “coxias” ou seja, para mim os holofotes não significam nada, sou desprovida dessa vaidade. Desisti de resistir e aceitei o convite, ao qual me senti altamente homenageada pela direção do PTC.

Filiei-me oficialmente no ano passado, depois de estar convencida que teríamos que literalmente, colocar gente nossa no Congresso e iniciar uma mudança radical na ética e compostura política.

... TF: Por que você acha que poucas mulheres são eleitas no Brasil? Há algo que pode ser feito para mudar esse quadro?

... Ana: Poucas mulheres são eleitas porque poucas mulheres se candidatam pelos motivos que expus em meu artigo “Mulher na Política”. Mulheres são muito mais leais aos valores que trazem de infância do que aos desvios de caráter, somos movidas pela mistura de muitos sentimentos fortes. Por vezes precisamos dominar a razão e por outras a emoção em grau avançado já que se assim não for, corremos o risco de ver desmoronar nossas famílias e o mundo que nos rodeia.

... TF: Em sua opinião, qual é o mais grave problema da estrutura sócio-econômica em nosso país? Quais são os seus projetos para mudar essa realidade?

... Ana: O Brasil chegou num ponto em que conseguiram engessar nossas instituições e também os setores produtivos. Vivemos uma falsa sensação de que tudo está bem e na verdade, está tudo péssimo. A carga tributária é destrutiva, ninguém mais está conseguindo sobreviver a tamanho assalto oficial. Médias e pequenas empresas estão falidas assim como indústria e comércio.

Nossos aposentados são jogados de um lado para o outro, como se fossem brinquedos, isso é um desrespeito com trabalhadores que passaram a vida inteira contribuindo com o fisco. Eu não consigo aceitar tudo isso calada, quero ir para Brasília e interferir para que esta realidade mude. Atualmente pagamos este abuso de impostos e não recebemos de volta aquilo que o governo tem obrigação de prover. É nosso direito, está na Constituição e tem de ser cumprido.

... TF: Você acredita que a criação de mais leis contribuirá para mudar a realidade brasileira? Por quê? Em caso positivo, quais leis deveriam ser criadas ou alteradas?

... Ana: Mais leis pra que? Já temos tantas que acabam se empilhando umas por cima das outras que servem apenas para confundir quem precisa delas! Nossas leis, até por serem em excesso, passaram a ser utilizadas conforme a necessidade do “freguês”. Nem mesmo os próprios advogados dão conta de se atualizar sobre tantas que são criadas todos os dias.

... TF: Você já tem algum projeto de lei pronto para ser apresentado no Senado? Em caso positivo, diga-nos a respeito.

... Ana: Não tenho Projetos de Lei, até porque não sou especialista em elaborá-las mas tenho muitas propostas para solucionar problemas estruturais.

Dentre elas posso citar minha grande preocupação com as invasões de terra, tais que são bastante concentradas no Pontal do Paranapanema aqui no estado. Infelizmente estão usando concentrações de sem-terra de forma política e levando-os à desobediência civil.

E como defendo o direito à propriedade, que é um direito constitucional, me preocupo também com as pessoas de bem que fazem parte do MST e que realmente querem e merecem um lugar ao sol. O estranho é que os assentamentos que dão certo não são divulgados e temos experiências muito positivas se formos ver como eles funcionam nas diversas regiões do país.

Eu proponho juntarmos tudo o que deu certo e montar um modelo único, onde o governo forneceria tudo o que fosse necessário e dali a três anos por exemplo, aquelas famílias, já estabelecidas e produzindo, passariam a devolver aos cofres públicos o que receberam no início.

Este modelo de “dar” uma gleba para cada família e deixá-los ali sem saber o que fazer não funciona, parece até que “os governos não querem que dê certo”. Penso que devamos juntar 50/100 famílias e fornecer apoio assim como: cimento, pregos, tijolos, tratores, agrônomos profissionais e até de quantas galinhas e vacas serão necessárias para abastecer estas pessoas com ovos e leite.

Tais localidades teriam uma creche (onde haveria rodízio de mães entre cuidar das crianças e se dedicar às plantações), uma escola, ambulatório médico, restaurante enfim, tudo isso com o máximo de aproveitamento de membros da própria comunidade. Cooperativas funcionam muito bem quando são administradas com honestidade.

... TF: Você se autodenomina seguidora de qual ideologia? Direita, Esquerda ou Centro?

... Ana: Eu acho muito esquisito quando me perguntam isso! Quem mistura governo com ideologia são aqueles que se autodenominam de “esquerda” e destes eu quero é distância.

Não concordo com essa confusão que eles tentam fazer na cabeça das pessoas para manipular as massas. Eu não sou massa e nunca serei, eu gosto muito de ser “um indivíduo” que cumpre com seus deveres e por isso, pode exigir seus direitos.

Penso que temos muita falta de Civismo, de Patriotismo verdadeiro e não só da boca pra fora ou para uso eleitoral. Eu tenho há anos, na frente da minha casa, presa a um mastro, a nossa Bandeira do Brasil porque eu gosto do meu país e não tenho vergonha de demonstrar isso.

... TF: Em sua opinião, o brasileiro é um “animal político”? Por quê?

... Ana: Animal é quem criou este termo! Considero que, quando vivemos numa sociedade, aprendemos desde criança a aplicar a política em nossas vidas, seja quando somos contra ou a favor do tudo que nos rodeia. Somos políticos quando defendemos uma idéia, quando precisamos conviver bem com colegas de trabalho, nas relações em geral e nem nos damos conta disso!

... TF: Foi noticiado que você entrou com pedido de impeachment do Lula. Conte-nos a respeito. Você acredita que conseguirá êxito? Por quê?

... Ana: Impetrei o pedido de impeachment contra Luis Inácio da Silva dia 23 de agosto último. Ao ter acesso ao livro de Ricardo Kotscho ("Do Golpe ao Planalto", Companhia das Letras, 2006) lançado no início do mesmo mês, observei que nele continha um depoimento importante deste que foi oficialmente, o Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República desde que Lula assumiu.

No livro o profissional narra detalhes da reunião que ocorreu entre Lula, Zé Dirceu, Zé Alencar e Valdemar Costa Neto para acertar os valores do que foi chamado de mensalão, vulgo “dinheiro de caixa 2 do PT”. E toda essa negociação teve Lula como efetivo participante, com direito a “pechinchas” pra abaixar o preço da propina.

Então imediatamente entrei em contato com meu advogado - Dr Luciano Blandy, que montou a peça em tempo recorde. Quanto ao seu êxito ou não, é importante que acreditemos que as leis “devem ser respeitadas”, se não agora, um dia.

Se eu não acreditasse na denúncia que fiz, então para que fazê-la? ... Sou otimista, não sou do tipo que me deixo derrotar antes de enfrentar o problema. Prefiro ter a certeza de que fiz tudo pela causa, pois só assim conseguirei continuar me olhando no espelho e gostando do que vejo, o meu reflexo.

Mas nem pensem que desisti depois que Aldo Rebelo se negou a cumprir o que reza a lei. Nesta semana estaremos em Brasília novamente denunciando-o no STF e tomando mais algumas providências. ... Disponibilizei todos os documentos referentes ao impeachment no meu site de candidata.

(www.anaprudente360.can.br).

... TF: O que mais você deseja falar às mulheres leitoras do Toque Feminino?

... Ana: Principalmente quando nos tornamos mães, passamos a experimentar novas sensações e, entre elas, a grande responsabilidade que é educar, cuidar da saúde, dar bons exemplos para que nossos filhos venham a ser bons adultos. Junto a esta responsabilidade, lhes damos amor, segurança, equilíbrio e direção. Ensinamos sobre os valores básicos para que vivam em uma sociedade saudável.

Pois bem, e que tal tratarmos nosso Brasil como se fosse um filho, este que hoje se encontra na UTI pela falta de tudo que citei acima? Posso afirmar que ele precisa de nós mais do que podemos imaginar, eis que se trata de uma criança com potenciais enormes mas que está carente e perdida em meio a tanta devassidão.

Seus estupradores não têm piedade, precisamos reagir! Convido-as a pensar com muito carinho neste assunto e que participem mais a fundo das decisões fundamentais para que assim, consigamos levar nossa criança a crescer com esperança num futuro próspero! Vamos lá, coragem! Vamos!

Hospedado por oxyhost
Inst. Karinha de Criança
entidade não governamental sem fins lucrativos...
www.ikc.org.br


Uma Ana Prudente
que presta



O Brasil possui uma riquíssima fauna. Das 708 espécies de répteis existentes no País, 365 são de serpentes. Na região amazônica, o gênero mais comum de serpentes é o Bothrops, do qual fazem parte as jararacas.

“A jararaca é uma das cobras mais conhecidas no Brasil e é responsável por 90% dos acidentes com humanos”, alerta Ana Prudente, pesquisadora, coordenadora de Zoologia do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e especialista em cobras.

Segundo ela, é cada vez mais comum encontrar cobras em ambientes urbanos. “As áreas verdes de Belém estão diminuindo. As jararacas se alimentam de pequenos roedores, por isso, procuram lugares onde tenha lixo e entulho”, explica a pesquisadora.

Por isso, ela orienta que as pessoas tenham cuidado e evitem andar em quintais e terrenos baldios com entulho e lixo doméstico. “As cobras não vão para esses lugares para atacar o homem e sim atrás de ratos. Mas, se ela se sentir ameaçada, ou for pisada, provavelmente ela irá atacar”, ressaltou Ana.

Outra cobra bastante conhecida na Amazônia e muito perigosa é a surucucu. “Essa é mais temida pelos ribeirinhos”, lembra a pesquisadora. O pavor tem uma explicação. A cobra surucucu é uma das maiores e por isso injeta uma quantidade muito grande de veneno quando morde alguém.

“O veneno dela ataca o sistema nervoso e se a pessoa demorar a receber atendimento, pode morrer asfixiada”. Por isso, a especialista em cobras aconselha que, ao ser picado por uma cobra, a pessoa procure imediatamente um médico. “Após ser picada por uma cobra, o ideal é que a pessoa fique imobilizada, evite andar e se mover. A cada movimento, o veneno se espalha pelo corpo”, explica Ana Prudente.